Tchê Barbaridade veste a bombacha e retorna ao palco do CTG 35
Depois de 12 anos afastado, caminho do grupo de volta ao palco do tradicionalismo começou em 2011, quando a banda decidiu voltar para o RS

Tchê Barbaridade
Foto:
Fernando Gomes / Agencia RBS
Passados 12 anos, o Tchê Barbaridade retorna às origens em uma noite emblemática: a banda se apresenta nesta sexta-feira, a partir das 23h, no mais antigo CTG do Estado, o 35, com repertório e trajes tradicionais.
O caminho do Tchê Barbaridade até o palco de um dos bastiões do tradicionalismo começou em 2011, quando a banda decidiu voltar para o Rio Grande do Sul depois de uma longa temporada em São Paulo. Paulinho Bombassaro, um dos fundadores, explica que o grupo estava descontente com a vida no centro do país e infeliz com os projetos que tocava por lá.
– Estávamos fazendo coisas que os produtores queriam, como gravar com sertanejos. Nada contra, só que não era algo nosso – justifica.
Em agosto passado, eles voltaram a vestir bombacha e gravaram o disco 100% Gaúcho, com versões de músicas nativistas. O álbum, indicado ao Prêmio Açorianos de Música, acabou franqueando a volta da banda aos CTGs.
– Fomos acolhidos de imediato. No CTG 35, fomos procurados pela direção para nos apresentarmos no mês de aniversário do centro, uma honra para nós – aponta.
A patroa do 35, Marcia Cristina Borges da Silva, não esconde a admiração pelo Tchê Barbaridade e sua capacidade de renovar a audiência da música nativista.
– Chamamos o grupo para uma reunião, e ficou acertado que o regulamento vale para todos. No palco, a pilcha é obrigatória, e o ritmo tem que ser gauchesco. E o público está avisado de que é proibido o maxixe – diz, referindo-se à modalidade de dança que ajudou a expulsar a tchê music dos centros tradicionais.
Outro expoente da tchê music, o Tchê Guri, também está de volta aos CTGs. Com um disco de música gauchesca no forno, o vocalista Lê Vargas diz que a troca de direção do MTG motivou o retorno:
– Hoje, é um movimento mais agregador do que antes, quando era separatista.
Marcelo Machado, radialista que acompanha a cena da música regionalista, aponta que é preciso foco.
– Eles (Tchê Guri e Tchê Barbaridade) têm que definir qual o público querem, se é o público de CTG, que gosta de vê-los pilchados e quer uma música mais galponeira, ou um público mais nacional.
No momento, a balança parece voltar a pender para o lado da bombacha.
Tchê Barbaridade agora
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